Olá! Eu chamo-me... Amigo.
Quero estar contigo
Pegar na tua mão
Sorrir, voar, levar-te comigo
Iluminar a tua escuridão.
Olá! Quero ajudar-te a aprender
A ser Criança!
Quero ensinar-te a viver
Um dia de cada vez com harmonia,
Com esperança.
Dar-te asas de ternura,
Sonhos, caminhos e espaços abertos
Onde morem a alegria,
Mostrando que há rosas no jardim
Onde a certeza que há em mim
Te guiará os passos incertos
Bordados de luz e brancura.
Nos contos de fadas
O príncipe vinha sempre
Montado num cavalo branco
Para salvar a princesa
E eu pensava que era sempre assim.
Também pensava que
A melodia das ondas do mar
Era sempre igual
E que o mar estava sempre tranquilo
Revelando os seus segredos
À areia da praia
Pensava ainda que a humanidade
Tinha um passarinho construtor
Dentro do seu coração
E que lá guardava sentimentos de amor,
Alegrias, generosidade, esperança e fé
E ainda um lugarzinho para abrigar
Quem precisava.
Sentia que a música do silêncio
Era feita de flores por dentro,
que havia rosas de tocar
e ilhas de cheiro
Nos cabelos das crianças
E horizontes nos seus olhos
Povoados de lagos com nenúfares
Levemente agitados pela brisa da tarde
Mas de repente interrogo-me:
_Porquê?
Quando sinto a tua mão tão pequenina
Pousada ao de leve na minha
E vejo o teu olhar de abandono,
O teu coração sofrido
E a incompreensão do mundo,
Dos adultos
Em voltas e entremeios de sorrisos
Com sabor a despedida
_ Porquê?
E o sal das tuas lágrima, Criança,
A perplexidade do teu coração,
Não me deixam dúvidas.
Oh! Vã esperança de mundo melhor
Quando aviltas o ser
Que te há-de continuar,
Que te há-de semear o caminho,
Que te há-de questionar
Querendo saber a razão
Querendo saber a causa
De tanto abandono e mau estar.
Hoje sei,
Que nem sempre as histórias acabam como eu as aprendi
Mas também sei que terei sempre
Um colo à tua espera
Quando não houver mais ninguém.
Por favor confia em mim.
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